sexta-feira, 25 de abril de 2014

UM POEMA (é o algo mais).

               

 

Na oportunidade em que este blogueiro foi , mais uma vez, visitar sua cidadezinha encantadora, onde nasceu, voltou-lhe à mente esses versinhos feitos num dia de saudade e esquecidos em algum lugar.  Como sempre são versos sem quaificação literária, mas que brotaram num daqueles momentos ternos de lembrança da terra natal, a "minha Palma". 

 

 

A volta. 

Quando eu voltar pra minha terra

vou bater nas portas  dos  amigos
vamos juntos pra  Rua do Ouro  beber
na concha da  mão a água  da Fonte
do Cigano
 
Quando eu voltar pra minha terra
vou  correr pelos pastos verdes
atrás dos cavalos alados
espantar os passarinhos
voar  sem rumo contra o céu
de palha
 
vou subir furtivo a torre da Matriz
tocar nos sinos as matinas
ouvir os sons se espalhando no fundo
subindo  as paredes de safiras
do meu vale
 
vou viver, de novo,  do amor as  primícias
nas choças cobertas
de sapé
 
Quando eu voltar pra minha terra
vou arrancar do peito esta saudade
vinda do exílio a que me condenaram.
 
Ah!  quando eu voltar pra minha terra
tomara que não seja tarde demais.
 
VHC – fev.2005.


Nenhum comentário:

Postar um comentário