Na oportunidade em que este blogueiro foi , mais uma vez, visitar sua cidadezinha encantadora, onde nasceu, voltou-lhe à mente esses versinhos feitos num dia de saudade e esquecidos em algum lugar. Como sempre são versos sem quaificação literária, mas que brotaram num daqueles momentos ternos de lembrança da terra natal, a "minha Palma".
A volta.
Quando eu voltar pra minha terra
vou bater nas portas dos
amigos
vamos juntos pra Rua do Ouro
beber
na
concha da mão a água da Fonte
do Cigano
Quando eu
voltar pra minha terra
vou correr pelos pastos verdes
atrás dos
cavalos alados
espantar os
passarinhos
voar sem rumo contra o céu
de palha
vou subir furtivo a torre da
Matriz
tocar nos sinos as matinas
ouvir os sons se espalhando
no fundo
subindo as paredes de safiras
do meu vale
vou viver, de novo, do amor as
primícias
nas choças cobertas
de sapé
Quando eu voltar pra minha
terra
vou arrancar do peito esta
saudade
vinda do exílio a que me
condenaram.
Ah! quando eu voltar pra minha terra
tomara que não seja tarde
demais.
VHC – fev.2005.
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