terça-feira, 15 de abril de 2014

Defender a Petrobrás é preciso...


              O que se esconde atrás do discurso da oposição.

O neoliberalismo que levou os países da América do Sul, especialmente o Brasil, a Argentina e o Chile, à severa crise dos anos noventa, persiste como projeto das classes conservadoras, principalmente em nosso país.

Os  atuais movimentos políticos da oposição conservadora, embora revestidos de uma pretensa modernidade, se ligam aos princípios neoliberais centrados principalmente na desregulação geral da economia e a consequente ausência do Estado do jogo econômico e político (o Estado mínimo).

O governo de Fernando Henrique que sucedeu às primeiras medidas para a implantação neoliberal por  Collor de Melo,  mergulhou inteiramente no ideário neoliberal e não o fez sem declará-lo e com o ostensivo apoio da potência hegemônica, cujo "Consenso de Washington"  era a cartilha a seguir.

O   sociólogo Emir Sair vê  de maneira irrefutável o caráter do governo tucano ao analisar:

"Quando  disse que ia "virar a página do getulismo" na história do Brasil, FHC revelava a consciência clara de que os Estado regulador, protetor do mercado interno, indutor do crescimento econômico, que garantia os direitos sociais e promovia a soberania externa era um obstáculo frontal ao modelo neoliberal. Buscou desarticulá-lo, reduzindo-o ao Estado mínimo, a favor da centralidade do mercado. Desregulamentou a economia, abriu o mercado interno, promoveu a precarização das relações de trabalho, privatizou o patrimônio público a preços mínimos, submeteu a política externa às orientações dos Estados Unidos".

Continua o sociólogo:

"Depois da estabilidade monetária, o impulso ao  programa neoliberal terminou, após três crises, sempre com empréstimos e acordo de ajustes do FMI, a economia brasileira entrou em profunda e prolongada recessão da qual só  sairia no governo Lula. Fracassou o projeto que havia pregado que a estabilidade monetária, por si mesma, geraria modernização econômica e distribuição de renda.    O neoliberalismo no Brasil promoveu dois fenômenos centrais, ambos negativos, a financeirização da economia e a precarização das relações do trabalho".  ( Emir Sair : Construção da hegemonia pós-liberal).

A atualidade desta citação soa, como um verdadeiro alerta.  O mesmo Fernando Henrique Cardoso que jamais desertou de seu pensamento neoliberal e seus seguidores continuam a pregar a doutrina que, por sinal, além da crise em nosso país,  levou à recessão os países centrais do capitalismo que lutam para adotar outros caminhos.  

Até pela dificuldade natural de proclamar de modo claro o seu ideário os nossos neoliberais, principalmente os do ninho tucano, fazem ressurgir no período pré-eleitoral o denuncismo udenista e acenam com o moralismo centrado no combate à corrupção como pedra de toque para abrir caminho a um sucesso que, felizmente, se afigura duvidoso.

 Não lhes importa causar danos ao país, ao pregar um falso discurso de advento de crise econômica no país e  obscurecer a sua real  ação exitosa do Governo Petista no enfrentamento da crise geral do capitalismo, instalada desde 2008.

Os nossos retardatários neoliberais  se omitem na  análise da atuação  positiva do governo, quanto às relações de trabalho, a criação de empregos, os investimentos em infraestruturas, os programas socioeducativos, as garantias dos direitos sociais e a soberania do Brasil.

Esse ataque covarde desencadeado contra a  Petrobrás pela oposição se reveste de um certo cinismo, posto que esses neoliberais nunca negaram que pretendia e pretendem a alienação  da empresa em favor das  petrolíferas estrangeiras.  As suas juras atuais são falsas nelas não se devem acreditar, pois a alienação da Petrobrás faz parte essencial de seu ideário.

Sob o  pretexto de combater a suspeita de corrupção que atingiram funcionários e/ou dirigentes da empresa no passado - investigação promovida pela própria empresa e pela Polícia Federal - o que querem, verdadeiramente, é desprestigiar a Petrobrás, atingir o seu precioso patrimônio material e de credibilidade que não só reside em seu permanente e comprovado sucesso, como também no amor que o povo brasileiro lhe dedica como sua construção histórica.

Impõe alertar aos bem intencionados sobre essa perversa e impatriótica ação desencadeada pela Oposição com a sempre suspeita participação da mídia conservadora.

Defender a Petrobrás é preciso!

______________________________VHCarmo.

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