O que se esconde atrás do discurso da
oposição.
O neoliberalismo que
levou os países da América do Sul, especialmente o Brasil, a Argentina e o
Chile, à severa crise dos anos noventa, persiste como projeto das classes
conservadoras, principalmente em nosso país.
Os atuais movimentos políticos da oposição
conservadora, embora revestidos de uma pretensa modernidade, se ligam aos
princípios neoliberais centrados principalmente na desregulação geral da
economia e a consequente ausência do Estado do jogo econômico e político (o Estado mínimo).
O governo de Fernando
Henrique que sucedeu às primeiras medidas para a implantação neoliberal por Collor de Melo, mergulhou inteiramente no ideário neoliberal
e não o fez sem declará-lo e com o ostensivo apoio da potência hegemônica, cujo
"Consenso de Washington" era a
cartilha a seguir.
O sociólogo
Emir Sair vê de maneira irrefutável o
caráter do governo tucano ao analisar:
"Quando disse que ia "virar a página do getulismo"
na história do Brasil, FHC revelava a consciência clara de que os Estado
regulador, protetor do mercado interno, indutor do crescimento econômico, que
garantia os direitos sociais e promovia a soberania externa era um obstáculo frontal ao modelo
neoliberal. Buscou desarticulá-lo, reduzindo-o ao Estado mínimo, a favor da
centralidade do mercado. Desregulamentou a economia, abriu o mercado interno,
promoveu a precarização das relações de trabalho, privatizou o patrimônio
público a preços mínimos, submeteu a política externa às orientações dos
Estados Unidos".
Continua o sociólogo:
"Depois da
estabilidade monetária, o impulso ao
programa neoliberal terminou, após três crises, sempre com empréstimos e
acordo de ajustes do FMI, a economia brasileira entrou em profunda e prolongada
recessão da qual só sairia no governo
Lula. Fracassou o projeto que havia pregado que a estabilidade monetária, por
si mesma, geraria modernização econômica e distribuição de renda. O neoliberalismo no Brasil promoveu dois
fenômenos centrais, ambos negativos, a financeirização da economia e a precarização
das relações do trabalho". ( Emir Sair : Construção da hegemonia pós-liberal).
A atualidade desta
citação soa, como um verdadeiro alerta.
O mesmo Fernando Henrique Cardoso que jamais desertou de seu pensamento
neoliberal e seus seguidores continuam a pregar a doutrina que, por sinal, além
da crise em nosso país, levou à recessão
os países centrais do capitalismo que lutam para adotar outros caminhos.
Até pela dificuldade
natural de proclamar de modo claro o seu ideário os nossos neoliberais,
principalmente os do ninho tucano, fazem ressurgir no período pré-eleitoral o
denuncismo udenista e acenam com o moralismo centrado no combate à corrupção
como pedra de toque para abrir caminho a um sucesso que, felizmente, se afigura
duvidoso.
Não lhes importa causar danos ao país, ao
pregar um falso discurso de advento de crise econômica no país e obscurecer a sua real ação exitosa do Governo Petista no
enfrentamento da crise geral do capitalismo, instalada desde 2008.
Os nossos retardatários
neoliberais se omitem na análise da atuação positiva do governo, quanto às relações de
trabalho, a criação de empregos, os investimentos em infraestruturas, os
programas socioeducativos, as garantias dos direitos sociais e a soberania do
Brasil.
Esse ataque covarde
desencadeado contra a Petrobrás pela oposição se reveste de um
certo cinismo, posto que esses neoliberais nunca negaram que pretendia e
pretendem a alienação da empresa em favor das
petrolíferas estrangeiras. As
suas juras atuais são falsas nelas não se devem acreditar, pois a alienação da
Petrobrás faz parte essencial de seu ideário.
Sob o pretexto de combater a suspeita de corrupção
que atingiram funcionários e/ou dirigentes da empresa no passado - investigação promovida
pela própria empresa e pela Polícia Federal - o que querem, verdadeiramente, é
desprestigiar a Petrobrás, atingir o seu precioso patrimônio material e de
credibilidade que não só reside em seu permanente e comprovado sucesso, como
também no amor que o povo brasileiro lhe dedica como sua construção histórica.
Impõe alertar aos bem
intencionados sobre essa perversa e impatriótica ação desencadeada pela Oposição
com a sempre suspeita participação da mídia conservadora.
Defender a Petrobrás é preciso!
______________________________VHCarmo.
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