sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

MARINA SILVA - QUEM DIRIA!


              Este escriba transcreve, abaixo, integralmente, o texto de Helena Sthephanowitz que dispensa maiores comentários.  Lembrem-se, apenas, aqueles que podem se iludir com o discurso de Marina Silva que sua atuação política atual revela uma extrema vaidade pessoal de alguém cuja origem humilde parece esquecida. Dos elevados cargos no governo do PT lhe restaram, agora, o apoio de grupos financeiros tradicionais apoiadores dos partidos conservadores e da grande  mídia oposicionista.
    Lamenta-se que Marina tenha se apartado da ideologia que lhe promoveu o prestígio que ora vende por tão pouco.

Olhem só:



Publicado em 21/02/2013
Marina Silva, a porta-voz da rede matrix
contra a luta política
Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual


Partidários do ideário pregado por Marina Silva 'festejam' criação da legenda. E se afastam da luta diária e necessária (Copyleft/#Rede)
A ex-senadora Marina Silva criou seu partido, a Rede Sustentabilidade, para concorrer às eleições de 2014. Especificamente à Presidência da República. Porém, a iniciativa da ex-senadora é decepcionante. O novo partido nega a luta política dos mais fracos e prega o conformismo submisso aos mais fortes.
Éa "utopia do sonho" do Itaú, da Globo, do bilionário neoliberal dono da Natura, que foi candidato a vice-presidente em sua chapa de 2010. Éa sustentabilidade reacionária e conservadora. Os bilionários mandam, eles são os "sábios", conselheiros, orientadores e ideólogos de um hipotético governo, numa rede à qual Marina se encarregaria de manter conectados os brasileiros.
Cito o banco Itaú especificamente porque uma das principais caciques do partido de Marina é Maria Alice Setúbal, herdeira e acionista do império financeiro. Segundo o site da tal rede, sua função no partido é a de "mobilização de recursos". Não deixa de ser curioso que a cor predominante da legenda é o laranja, a cor de fundo usada nas placas e propagandas daquele banco.
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Irresistível não comparar com a dominação mostrada no filme Matrix (1999). Em fotos já espalhadas pela internet, vemos militantes se filiando ao partido, atendidos em guichês com placas laranjas, por atendentes vestindo blazer preto e camisa laranja (a cor do Itaú, de novo). Parece gente treinada para ser bons atendentes, plugando uma a uma das pessoas à dominação da matrix (do Itaú).
Muito além da comparação com o filme, o mais grave é querer esvaziar a luta política como instrumento dos cidadãos conquistarem melhorias de vida. O discurso de Marina é recheado de frases de efeito sempre puxando para um suposto "novo jeito de fazer política", "acima da esquerda e direita", "não é oposição, nem situação", "resgatar a ética", "não tem movimentos sociais por trás", "não fuma, nem bebe" e bla bla bla.
Éo discurso pensado para ser politicamente correto, agradar a todos e não desagradar ninguém. Luta política que é bom, a que obriga
a escolher lado, nada. Éo discurso que a Globo e o Itaú gostam: o da desconstrução e criminalização da luta política que bate de frente com seus interesses.
Éa fala que busca dominar a chamada nova classe média, buscando convencê-la a se desiludir com a luta política que a levou a
conquistar o que tem, e votar alienadamente, igual vota nos reality show s da vida, em quem acha mais bonzinho, mais simpático, mais
bonitinho.
Na luta política, do jeito que está, a Globo sabe que não vence mais, então o negócio é esvaziá-la. Eque tristeza ver Marina Silva
fazendo esse serviço. A matrix de Marina está mandando às favas a luta política do enfrentamento contra a má distribuição de riquezas
e a injustiça social.
Vamos falar um pouco do grande parceiro da ex-senadora. O Itaú fica mais "sustentável" quando a clientela faz tudo pela internet e
deixa de ir à agência, passa a imprimir menos papel. Mas esse ganho de produtividade, ao esvaziar as agências, o banco não
compartilha com seus trabalhadores, mesmo com lucros estratosféricos. Aliás, o setor bancário é o único que, quanto mais lucra, mais desemprega e é cada vez maior o número de denúncias de funcionários que ficam doentes devido às más condições de trabalho.
De nada adianta abraçar árvores, financiar ONGs, se a empresa joga pessoas no desemprego só para aumentar mais ainda os lucros
de acionistas. Esse egoísmo é uma forma de poluir a qualidade de vida na sociedade, com o empobrecimento de pessoas, a desestruturação de lares, de famílias, que o desemprego provoca, muitas vezes. Epara acabar com esse egoísmo é preciso luta política. Os partidos políticos são os instrumentos desta luta para mudar leis.
A boa luta política é brigar por leis que reduzam a jornada de trabalho em vez de demitir, se a empresa teve ganho de produtividade e tem lucros suficientes para manter a mão de obra. Ou pelo menos, quem pode mais e desemprega só para lucrar mais, tem que pagar mais impostos necessários a gerar novos empregos.
A grande luta no Brasil ainda é o combate à desigualdade para elevar brasileiros pobres para um padrão de vida de classe média. E essa rede matrix de bilionários em torno da Marina tem uma agenda pragmática oposta, como, por exemplo, lutam para pagar menos impostos, mesmo com lucros exorbitantes; condenam verbas para programas sociais; pregam arrocho de salários e aposentadorias para ter mais lucros se pagarem alíquotas menores para manter a Previdência; pregam cortar direitos trabalhistas para poder demitir mais facilmente e mais barato. Pregam a privatização e redução de serviços públicos, essenciais para quem não tem condições de pagar.
É luta contra tubarões, que enfrentamos e que produz baixas do nosso lado. Novidade na política é concluir o ciclo dessa luta e
conscientizar aqueles que estão plugados nas tentativas de dominação por parte da Globo e do Itaú a se libertarem das amarras.
___________________________________ 
VHCarmo.

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