quinta-feira, 8 de março de 2012

Às mulheres todas as homenagens ....

                                      Permitam-me falar, inicialmente, na primeira pessoa do singular, pois o dia das mulheres, como eu o entendo, é o dia da humanidade, da geração e do amor. Tenho uma particular ternura e amor para com todas as mulheres na minha longa vida. Embora tenha perdido minha mãe na infância, delas me acerquei e com elas moldei o meu ser. O amor materno foi assumido por uma doce irmã que arrumava os meus terninhos, uniformes e roupinhas para seguir com lágrimas minha ida para o internato, tornando-se uma mãe prematura. Sozinho num trem-de-ferro frio, contemplando-a e ela sumindo, com o rodar do trem, na plataforma que ficava para trás. Tive três irmãs, três exemplos de vida, intelectuais e sensíveis,
                                     Eu e a minha companheira nos escolhemos e formamos uma parceria de comprometimento e amor. Tivemos sorte, o casamento nos deu três mulheres. Perdi uma filha pelo caminho, mas ela vive ainda em mim, em nós,  de uma forma saudosa e boa.
                                     A filha e a neta enfeitam a nossa velhice com o seu carinho feminino, ou seja, com amor pleno de cuidados. Foi bom termos duas filhas e uma neta; quem sabe virá uma bisneta.
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                                       Depois dessas considerações de natureza pessoal, a gente, já aqui em terceira pessoa, passa fazer algumas outras que se impõem neste dia de homenagem.
                                        No nosso país, com a eleição de uma mulher para a Presidência da República, cujo passado de lutas e competência enche a gente de orgulho, foram promovidas muitas delas à direção política e econômica do Brasil. Quebraram-se tabus ao promove-las para missões até então julgadas privilégio masculino. Elas se mostram à altura e imprimem o zelo e o amor, próprio do gênero, em suas atividades. A conquista desses postos deveu-se a sua luta pessoal, à militância política de cada uma delas, superando as barreiras de preconceitos.
                                          A nossa Presidenta foi considerada pela imprensa mundial como a terceira mulher mais poderosa do mundo e ela vem brilhando nos foros internacionais. Isto é um orgulho para todos nós. A avaliação de seu governo atinge níveis recordes nas pesquisas e a sua diretriz maior é voltada para os filhos mais pobres da nação. Está inscrito no dístico do seu governo: “Pais rico é país sem pobreza”.
                                            Falta ao Brasil, no entanto, uma maior participação das mulheres na vida política da qual são afastadas até mesmo pelos preconceitos e o atraso. De lembrar que o voto feminino é conquista historicamente recenteem nosso país.
                                           A militância política das mulheres, apesar de tudo, vem aumentando no Brasil.

                                           A atividade política, em geral, sofre de umenorme  preconceito veiculado pelos meios de comunicação social  que inibe a segui-la, não só as mulheres jovens, mas aos jovens em geral. Essa dificuldade necessita ser superada, pois somente pelo exercício e participação políticos de seu povo é que um país pode progredir. Aliás, a ausência dos jovens é uma forma indireta, porém negativa de participação política. Nada mais estranho do que ver e ouvir jovens, e até adultos,  a proclamar que não querem saber de política.
                                           Exemplar é a Presidenta Dilma que foi uma militante política contra a ditadura militar, torturada e presa e  ao ser libertada, depois de dois anos e oito meses de prisão, no dia seguinte, voltou à militância política e chegou à presidência.
                                          Por outro lado, a ascensão das mulheres brasileiras das classes mais pobres tem sido um fato altamente positivo nos últimos anos para o nosso país. Os programas sociais, como o bolsa-família, dirigidos diretamente às mulheres pobres, têm na educação dos filhos e no cuidado com a família, ampliado a sua participação social. A chegada de 40 milhões de brasileiros à classe C, se deve, majoritariamente, às mulheres e sua gestão das famílias.

A mulher não faz a guerra, sofre e chora por seus filhos mortos em combate.            A elas todas as homenagens.

VHCarmo.

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