REFLEXÃO
NECESSÁRIA
O
governo provisório e o STF.
Este Golpe parlamentar articulado
pela oposição e um grupo de legisladores ligados ao que há de mais reacionário
e fascista no País, formando uma maioria eventual no Congresso, desde logo
apostaram no seu sucesso, tendo em seu favor a Justiça e o Ministério Público.
Foi tudo articulado, após o insucesso de
outras medidas, visando o Golpe, e que não prosperaram. desde o dia seguinte à
eleição vencida pela Presidente Dilma. Adotando,
hipocritamente, o discurso da corrupção da qual, por incrível são os principais
autores, incentivaram o processo da Lava Jato do fascista Moro, como linha
auxiliar, cujos procedimentos e vazamentos se multiplicaram de forma seletiva contra
o governo. Uma espécie de nova República do Galeão de triste memória. Os
métodos são antigos; como se vê. Prisões
preventivas, sem prazo, para induzir delações sem prova, violação das leis
penais e cooperação do MP político partidário e da PF sem freios legais.
Causa
estranheza que, mesmo sendo o governo provisório, para aguardar a decisão
final do Julgamento do Impedimento no Senado a ser presidido pelo presidente do
STF, o Traidor Temer e seus bandidos já se apressam a legislar, e o pior, sempre
no sentido destrutivo do arcabouço progressista de nosso sistema democrático,
dando ao governo o caráter de definitivo.
É o desprezo da lei e da Constituição,
característico dos regimes ditatoriais.
Ao tentar intimidar os
movimentos sociais ameaçam com a repressão policial e, com saudade, já cogitam lançar
as forças armadas contra os movimentos populares e o MST. O
membro do Bando do Traidor em exercício no Ministério da Justiça declarou que a imensa maioria do povo que
protesta contra o Golpe faz uma guerrilha, ameaçando-a com o maior
rigor da repressão policial. O Golpe
mostra a sua cara violenta, sem máscara.
De ressaltar que nem na
Câmara e muito menos no Senado, se discutiu o cerne do pedido de impedimento,
ou seja, se teria, ou não, havido o cometimento de um crime doloso pela
Presidenta que o motivasse. Ouviram-se lamúrias pessoais, gritos de fé religiosa,
apelos a Deus e a família, mas a questão essencial: se houve ( ou não), crime
doloso passou por fora. Aí se
caracterizou o Golpe, mediante este vil e ardiloso método.
Justiça seja feita, ecoaram protestos veementes da
minoria de parlamentares autênticos e fiéis à Constituição, no Senado e na
Câmara, nesta última foram acuados e ameaçados, ao votar, dentro de um corredor polonês armado pelos golpistas. Afinal, os golpistas comemoraram como
torcidas organizadas, agitando, criminosamente, a bandeira e as cores da
Pátria.
Qual
o papel do Supremo Tribunal Federal?
O que se questiona, agora, é o papel que deve representar
nesta infame e ardilosa trama, o Supremo Tribunal Federal que tem por missão principal (cláusula
pétrea) guardar e defender a Constituição.
Ora, todo esse processo
foi desenvolvido, deixando de lado o mandamento constitucional que lhe dá base,
como se viu. Indaga-se: poderá o STF fugir de sua missão, sob o argumento de não
interferência no legislativo? Mesmo em
face do evidente desrespeito do preceito constitucional e à ruptura do Estado
de Direito? O que representaria, então, a figura do Presidente do STF no
Julgamento? Mero figurante? Qual seria, então, a sua função? De lembrar que se o STF vier a se pronunciar não será a primeira vez que o faz, oportunidades nem tanto relevantes como essa.
Dois Ilustres Ministros
da Corte já vieram a público afirmar que o pronunciamento do Tribunal se impõe,
na matéria, como guardião da Constituição.
Mesmo que seja para carimbar o Golpe
da Farsa com um selo de (falsa) legalidade, que será registrado na história da Corte, lhe impõe pronunciar.
É de recordar,
por oportuno, a afirmação do saudoso Ministro Nelson Hungria:
“O Supremo Tribunal Federal deve ser sempre
o último a errar”.
É
hora de lembrar aos Ministros do STF a grave responsabilidade que lhes pesa e
que, se dela fugir, serão lembrados como cooperadores essenciais com esse Golpe
Parlamentar que além de violentar o seu povo, humilha e envergonha o Brasil e
seu bravo povo, perante o concerto das nações.
VHCarmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário