REFLEXÃO NECESSÁRIA.(uma lembrança amarga).
Ontem, dia 12 de maio
de 2016, era ainda madrugada, mas tinha tudo a ver com o fatídico 1º. de abril
de 1964. Cinquenta e dois anos passados,
sofrimento e perspectivas iguais. O
país, agora, como antes, mergulha na noite do golpe; da derrubada do Estado de
Direito Democrático, do rompimento do estatuto constitucional.
Naquela tarde/noite de
abril de 1964, este escriba em pleno centro da cidade, num esforço de
resistência com meus companheiros de partido, na eterna Avenida Rio Branco, com
lágrimas nos olhos e uma profunda dor no coração, viu desfilar os tanques de
guerra, amedrontando o povo, instalando a Ditadura militar. Festejavam os
golpistas nos clubes do Exército e da Marinha, agitando, impunimente, bandeiras
do Brasil, como agora os “coxinhas” o fazem.
Caminhando sem rumo,
como se não tivesse um lar para retornar, andei dormindo pelas ruas. Cheguei a
minha casa quando já raiava o primeiro dia da Ditadura que iria durar todo
aquele tempo. Iniciava-se, também, a resistência. Naquele mesmo dia, juntando a mulher e as
duas filhas, cuidei de buscar refúgio na casa do meu sogro, onde aguardar as
primeiras e dolorosas horas do golpe militar. A incerteza se instalara e
iniciava-se a busca aos resistentes, dedurados pela mídia.
A primeira página de “O
GLOBO, listava naquela manhã, para conhecimento dos milicos, extensa lista de nomes
e endereços de patriotas (inimigos) que deveriam ser presos.
Ontem, 12 de maio de
2016, repete-se o golpe, instala-se um governo ilegítimo, e como então, desce a
cortina da mídia a agasalhar, não mais a
violência armada, mas a insidiosa violência contra Democracia, contra as
conquistas das classes pobres, da classe média e, sobretudo, dos
trabalhadores. Ouviremos, a partir de
agora, o silêncio da mídia conservadora contra tudo que o Traidor Temer e sua equipe de “machos” promete fazer para, na sua “Ponte
para o futuro”, ou seja, exterminar
as conquistas duramente conseguidas pelo povo, alienar seu patrimônio e fazer
o país abdicar de sua independência em prol das políticas de subserviência aos
EEUU. O Traidor não esconde o seu desígnio, afronta os patriotas e reúne em
torno dele, sem sequer uma mulher (para a
honra delas), o que há de pior nas prepotentes elites alienadas e seus esbirros.
No passado o povo não
fugiu à luta e nem agora fugirá. Temos o
exemplo da Presidenta Dilma que já resistiu - e como - ao golpe militar e está
agora à testa da resistência do povo neste golpe parlamentar/judicial.
A gente não se deve
iludir: a resistência será difícil e, certamente, enfrentada pela violência
policial. Tentarão, por todos os meios e
modos, prosseguir na campanha de disseminação do ódio ao Partido dos Trabalhadores e os demais partidos da esquerda e
destruir as nossas lideranças políticas.
Certamente não haverá jamais críticas midiáticas
(dos jornalões e revistas golpistas), contra as medidas reacionárias e
entreguistas do Traidor Temer e sua
equipe de “machos”.
O Brasil e seu povo são
grandes demais para submergir aos
desígnios do Traidor Temer e
seu bando. Vamos à luta, em todos os cantos, na rua, no
trabalho, entre os amigos, especialmente com os jovens e as mulheres.
O dia de sofrimento é
também o dia da fé e esperança na luta contra os inimigos do Brasil e de seu povo.
VHCarmo.
Meu prezado e querido amigo: Você é advogado, competente e amigo meu (pelo menos quero e acho)... vou usar um direito legal que os advogados usam: "não concordo com uma palavra do vc diz, mas, vou defender até à morte o seu direito de dizê-la". Quem nos traiu companheiro, não foram esses que, apenas continuam com suas máscaras e ânsias de poder. Mas, o progresso é inevitável, ninguém barra, mas o futuro caminha para mudanças porque o povo e o jovens estão mais participativos e atuantes... Quem Viver Verá!!!
ResponderExcluirACORDA VICTOR HUGO!!!... com um nome desses a responsabilidade é muito maior.
ResponderExcluirÉ uma pena que v. pense assim....
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