sexta-feira, 13 de maio de 2016

Uma realidade e uma lembrança amarga.


                           REFLEXÃO NECESSÁRIA.(uma lembrança amarga). 
 

Ontem, dia 12 de maio de 2016, era ainda madrugada, mas tinha tudo a ver com o fatídico 1º. de abril de 1964.  Cinquenta e dois anos passados, sofrimento e perspectivas iguais.  O país, agora, como antes, mergulha na noite do golpe; da derrubada do Estado de Direito Democrático, do rompimento do estatuto constitucional.
Naquela tarde/noite de abril de 1964, este escriba em pleno centro da cidade, num esforço de resistência com meus companheiros de partido, na eterna Avenida Rio Branco, com lágrimas nos olhos e uma profunda dor no coração, viu desfilar os tanques de guerra, amedrontando o povo, instalando a Ditadura militar. Festejavam os golpistas nos clubes do Exército e da Marinha, agitando, impunimente, bandeiras do Brasil, como agora os “coxinhas” o fazem.
Caminhando sem rumo, como se não tivesse um lar para  retornar, andei dormindo pelas ruas. Cheguei a minha casa quando já raiava o primeiro dia da Ditadura que iria durar todo aquele tempo. Iniciava-se, também, a resistência.  Naquele mesmo dia, juntando a mulher e as duas filhas, cuidei de buscar refúgio na casa do meu sogro, onde aguardar as primeiras e dolorosas horas do golpe militar. A incerteza se instalara e iniciava-se a busca aos resistentes, dedurados pela mídia. 
A primeira página de “O GLOBO, listava naquela manhã, para conhecimento dos milicos, extensa lista de nomes e endereços de  patriotas (inimigos) que deveriam ser presos.
Ontem, 12 de maio de 2016, repete-se o golpe, instala-se um governo ilegítimo, e como então, desce a cortina da mídia a  agasalhar, não mais a violência armada, mas a insidiosa violência contra Democracia, contra as conquistas das classes pobres, da classe média e, sobretudo, dos trabalhadores.  Ouviremos, a partir de agora, o silêncio da mídia conservadora contra tudo que o Traidor Temer e sua equipe de “machos” promete fazer para, na sua “Ponte para o futuro”, ou seja, exterminar as conquistas duramente conseguidas pelo povo, alienar seu patrimônio  e  fazer o país abdicar de sua independência em prol das políticas de subserviência aos EEUU. O Traidor não esconde o seu desígnio, afronta os patriotas e reúne em torno dele, sem sequer uma mulher (para a honra delas), o que há de pior nas prepotentes elites alienadas e seus esbirros.
No passado o povo não fugiu à luta e nem agora fugirá.  Temos o exemplo da Presidenta Dilma que já resistiu - e como - ao golpe militar e está agora à testa da resistência do povo neste golpe parlamentar/judicial. 
A gente não se deve iludir: a resistência será difícil e, certamente, enfrentada pela violência policial.   Tentarão, por todos os meios e modos, prosseguir na campanha de disseminação do ódio ao Partido dos Trabalhadores e os demais partidos da esquerda e destruir as nossas lideranças políticas. 
Certamente não haverá jamais críticas midiáticas (dos jornalões e revistas golpistas), contra as medidas reacionárias e entreguistas do Traidor Temer e sua equipe de “machos”.
O Brasil e seu povo são grandes  demais para submergir aos desígnios do Traidor Temer e seu  bando.  Vamos à luta, em todos os cantos, na rua, no trabalho, entre os amigos, especialmente  com os jovens e as mulheres. 
O dia de sofrimento é também o dia da  fé e  esperança na luta contra os  inimigos do Brasil e de seu povo.

VHCarmo. 

 

 

 

3 comentários:

  1. Meu prezado e querido amigo: Você é advogado, competente e amigo meu (pelo menos quero e acho)... vou usar um direito legal que os advogados usam: "não concordo com uma palavra do vc diz, mas, vou defender até à morte o seu direito de dizê-la". Quem nos traiu companheiro, não foram esses que, apenas continuam com suas máscaras e ânsias de poder. Mas, o progresso é inevitável, ninguém barra, mas o futuro caminha para mudanças porque o povo e o jovens estão mais participativos e atuantes... Quem Viver Verá!!!

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  2. ACORDA VICTOR HUGO!!!... com um nome desses a responsabilidade é muito maior.

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