Minha Vila, meu riacho.
Filtra da
minha janela uma luz de primavera
no riacho que
molha de leve meu quintal,
florescendo
tufos de plantas,
cores furtivas
e acesas da minha infância.
Ondeados caminhos às costas das montanhas,
na ode suave da
noite passeia a lua tangenciando.
Minha velha tia
resmunga linguagem ancestral herdada.
Brota na
minha alma sopro de ternura,
vinda do
tempo findo.
Soam canções
estranhas da neblina gotejante
da Capivara
violenta e impune
Vila minha,
líquida e áspera.
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VHCarmo. Outubro 2014.
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