terça-feira, 7 de outubro de 2014

Um momento de poesia....


 
 
 
Minha Vila, meu riacho.

Filtra da minha janela uma luz de primavera

no riacho que molha de leve  meu quintal,

florescendo tufos de plantas,

cores furtivas e acesas da minha infância.

Ondeados caminhos às costas das montanhas,

na ode suave da noite passeia a lua tangenciando.

Minha velha tia resmunga linguagem ancestral herdada.

Brota na minha alma sopro de ternura,

vinda do tempo findo.

Soam canções estranhas da neblina gotejante

da Capivara violenta e impune

Vila minha, líquida e áspera.
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VHCarmo.       Outubro 2014.

 

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