REFLEXÃO NECESSÁRIA - 13
“A
restrição à soberania dos Estados Nacionais por parte das “forças do mercado”
equivale à restrição da liberdade de decisão democrática dos seus povos e
ao aumento correspondente do mercado,
cada vez mais imprescindível para o seu financiamento”.
“A tarefa de conciliar a austeridade com o crescimento (alardeada pelos neoliberais-gn) assemelha-se
à quadratura do círculo, ninguém sabe realmente como resolvê-la”.
“Em mercados financeiros com interligações a nível internacional,
o colapso de um Estado endividado tem diversos efeitos externos sobre outros
Estados, efeitos esses imprevisíveis.
Por isso um Estado em risco ficará exposto à pressão dos outros Estados
e das organizações internacionais para cumprir as suas obrigações perante seus
credores, mesmo que seja a custa do não-cumprimento das obrigações perante seus
cidadãos”
“A compatibilidade do capitalismo com a democracia é muito
limitada e que só existe quando há uma regulamentação rigorosa e eficaz. Deste modo, o fracasso estrutural da
democracia associou-se ao fracasso ideológico. O resultado está à vista desde
2008”
As transcrições acima foram colhidas no mais recente livro “Tempo
comprado” do economista Wolfgang Streeck, da celebrada Escola de Frankfourt,
lançado este ano com a tradução portuguesa Actual (Lisboa), resumidas por este
blogueiro.
As considerações e o pensamento expresso por esse economista
importante parece feito como advertência neste momento em que em face do mesmo
problema, nosso país corre o perigo de se lançar na aventura do neoliberalismo
de tão nefastas consequências para o nosso povo e a nossa frágil democracia,
cuja amostra desastrosa foi o governo de FHC.
As propostas do candidato Aécio Neves e de seu mentor
econômico Armínio Fraga, se admitidas, nos levarão à imprevisão neoliberal com
a submissão da soberania do Brasil ao Estado-Mercado e ao sacrifício do seu
povo.
O envolvimento da mídia conservadora em prol das propostas
neoliberais (PSDB/Aécio), dificulta sobremaneira a divulgação da sua periculosidade,
principalmente por colocar ao público questões ligadas à corrupção, distorcendo
a sua verdadeira origem e direcionando-a enganosamente contra o Estado-povo. Além
do mais, o discurso midiático prima pela propagação de falsa crise econômica
que, maliciosamente, atribuem a inflação embora esta esteja sobre controle e a acenam com um crescimento
que , como se vê, não se propõem por não caber em seu ideário neoliberal.
VHCarmo.
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