terça-feira, 2 de setembro de 2014

Reflexão necessária -7 - Marina um perigo real para a Democracia...


 MARINA: UM PERIGO REAL PARA A DEMOCRACIA.


Breve retrospecto.

A ex-Ministra é um mundo de contradições e incertezas. Um pequeno retrospecto de sua trajetória política mostra isto.
 Inicia-se junto ao Sindicalista Chico Mendes, homem voltado à natureza e ao meio ambiente, mas, sobretudo, sindicalista que foi assassinado pela oligarquia dos desmatadores da floresta.
Ambientalista, como Chico Mendes, Marina entra no Partido dos Trabalhadores e se elege na sigla de Lula senadora da República pelo Acre. Lula a nomeia para o Ministério do Meio Ambiente e aí iniciam-se as suas contradições.
 As licenças ambientais ficam emperradas. Estudos então já realizados sobre a construção de  hidrelétrica nos rios amazônicos são abandonados e os novos se arrastam na burocracia ministerial, comandada pela Ministra.
 Afinal, para prosseguir na construção das usinas, o governo teve que afasta-la do Ministério e, aí sim, se concluíram os estudos, as licenças ambientais; as obras começaram a andar.  Estancando um prejuízo imenso.
Marina é contra hidrelétricas na Amazônia. Ainda até hoje é.
Estranha é a posição de sua política ambientalista, pois as hidrelétricas, sabidamente,  são a maior fonte de energia limpa renovável e mais barata que se conhece e representa uma excepcional vantagem comparativa energética do Brasil (já 89% de nossa produção). A alternativa real é poluente, em sua maioria.
Sem Marina foi possível estendeer linhas de transmissão de energia através da floresta e canaliza-la para o resto do país sem qualquer dano ambiental.
Marina no Ministério do Meio Ambiente  dificultou o governo com sua ojeriza ao agronegócio; nem mesmo a agricultura familiar mereceu o seu apoio. Sem apoio no Congresso perdeu a luta contra os transgênicos que hoje afirma ter defendido. Por sinal o seu vice é um dos maiores defensores do agronegócio – relator da matéria dos transgenicos  no Congresso  -  amplamente apoiado pela opinião pública e inegável fonte de avanço econômico do setor, ao lado da agricultura familiar, ora fortemente incentivada e financiada  pelo governo Dilma. Marina era, e continua sendo, contra as duas, mas agora diz-se a favor.
Retirada do Ministério a ex-Ministra  se revela uma feroz inimiga do PT que a promoveu e filia-se ao Partido Verde que se supunha agasalhar suas ideias ambientais. Apesar de ser caracterizada, nas eleições presidenciais de 2010 como terceira-via e incentivada pela mída conservadora logra nas  eleições quase vinte milhões de votos,  mas abandona em seguida o partido Verde e tenta fundar um partido seu: “A Rede da Sustentabilidade”.
Embora tenham se multiplicado as legendas pela facilidade legal de se constituir  um partido, Marina não consegue implantar o seu, por falta de adesões. Ingressa, então,  no PSB, criando profundas divergências e daí por diante nem é preciso continuar dizendo o que houve.

O que é Marina agora?

Desidratado o Aécio Neves, que vem sendo rejeitado pelo seu discurso neoliberal, embora seja o candidato preferencial da Direita, a mídia se volta para Marina para torna-la o seu caminho do antipetismo do ódio e  das mentiras. Prefere o caos à normalidade política com o PT no poder.
Entre o PT e as incertezas de Marina a mídia parece abandonar Aécio e adotar as incertezas da ex-Ministra. É o vale tudo eleitoral.  
Repita-se Marina é um mundo de contradições perigosas.

Perguntas que merecem respostas que ela não dá ( sai sempre desviando-se do assunto) :

Se eleita vai continuar a promover a criação da Rede de Sustentabuilidade?

Se a Rede emplacar vai abandonar o PSB?

Empossada,  governará sem coalisão partidária da “velha política” que não aceita?

Como e de que forma vai buscar “os melhores” nos velhos partidos?  A um só tempo e no PT e no PSDB?

Vai seguir as ideias da REDE ou do PSB na rejeição ou apoio ao agronegócio?

E as usinas hidrelétricas? Continuarão a ser construídas?

Como seria atendida a necessidade de energia limpa para o desenvolvimento do país sem as hidrelétricas?

Os Bancos privados serão liberados de toda a regulação?

Se sente bem sendo apoiada pelo Banco Itaú e os naturais compromissos com este apoio?

No seu governo o Banco Central:  será independente ou subordinado ao Estado nacional?

De onde sairão os recursos para sustentar as promessas?
Observações finais.
A ex-Ministra seguidamente fala contra a Política que ela chama de Velha Política, mas  não   diz como realizar a apregoada nova política. 
Como acaba de lembrar  no debate da SBT a Presidente Dilma: estamos  em face de um mesmo fenômeno que levou a Jânio, a Collor e  ao desastre institucional.   
MARINA, ALÉM DE CONTRADITÓRIA, representa um perigo real ao processo democrático, pois não se enquadra em qualquer sistema político, apresentando-se com uma arrivista.

________________________________ VHCarmo.  

 

 

 

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