quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Uma Reflexão necessária - 6 ( O debate)

Olhem só:
REFLEXÃO NECESSÁRIA - 6
Primeiramente a gente deve analisar o significado dos debates televisivos. A primeira coisa que neles ressalta é a pouca valia de uma reunião de candidatos a dispor de poucos minutos – o máximo de dois - para responder perguntas formuladas ainda em tempo menor aleatoriamente por um deles, mais reduzidas réplicas e comentário de um terceiro. Revela-se um enorme esforço de todos para superar os limites e sensibilizar o eleitor.
Por outro lado, as perguntas dos jornalistas dirigidas aos candidatos  revelam a opinião do grupo a que pertencem o que lhes veta a imparcialidade e  lhes restringe  a liberdade  quanto a matéria a suscitar que seriam necessárias num “debate” sério. Ao invés disso procuram armadilhas a colher contradições, mais das vezes sem qualquer sentido, sobre opiniões já largamente sustentadas e conhecidas pelos eleitores e  pelos candidatos, sempre a serviço daqueles grupos midiáticos. 
Tais procedimentos  conduzem  a uma verdadeira confusão, tanto maior quanto grande o número de candidatos, induzindo a  prevalência de um contra todos e todos contra um e animosidades pessoais e ideológicas insuperáveis no exíguo do tempo disponível, afastando a discussão daquilo que se convencinou chamar "propostas dos candidaos".
Em resumo este tipo de debate pouco vale para alimentar democraticamente o processo eleitoral. Se há algum verdadeiro proveito este seria o da igualização de conceitos, de opiniões de uma maioria em confronto com uma minoria. Sobretudo presta-se a servir à mídia e a seus específicos interesses eleitorais nem sempre muito sadios do ponto de vista democrático.
Este escriba já salientou aqui a sua perplexidade quanto ao verdadeiro objetivo da mídia após a tragédia que ceifou a vida do Eduardo Campos e promoveu o aparecimento da ex-Ministra Marina Silva no cenário eleitoral.   Para onde a mídia conservadora caminhará?
O debate de terça-feira na Band, antecipado estrategicamente pela publicação de pesquisa do IBOPE (encomendada pela TV Globo) lançou ainda maiores especulações quanto ao procedimento do mundo midiático conservador  cujo objetivo maior seria eleger o candidato Aécio Neves, ou ao menos leva-lo ao segundo turno.   Abandonar este objetivo e passar a apoiar Marina envolveriam dois riscos, ou seja, leva-la ao segundo turno  e abandonar o objetivo de reconduzir ao governo o projeto neoliberal com Aécio  ou à improvável, mas não impossível, eleição de Marina repetindo, guardadas as naturais diferenças de tempo político, a um governo tipo Collor sustentado inicialmente por um pequeno partido ainda em projeto ( A Rede de Sutentabilidade) e sem qualquer base, cujo resultado seria   imprevisível.        Esta segunda  opção teria para a mídia o objetivo único  de derrotar o PT e seu projeto político, ou seja, uma vitória, de certa forma, incompleta.
 Marina apenas começa a se expor ao natural desgaste da campanha.   Em sua entrevista ontem no JN  já se denotou alguma dificuldade  da candidata com a exposição das contradições de seu discurso.
A mídia consevadora passará a apoiá-la ou a atacá-la?       A dúvida ainda persiste.
QUEM VIVER VERÁ. -
VHCarmo.


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