quarta-feira, 24 de julho de 2013

J. Barboa e os negros...

Houve um inegável mal estar e, então, causou perplexidade  a atitude de Joaquim Barbosa ao desviar-se da Presidente Dilma, sem sequer encará-la, na solenidade de cumprimentos ao papa pelas autoridades que lhe foram  apresentados por ela. Todos os outros a cumprimentaram; ele a deixou de mãos estendidas.
O ato revela duas facetas do Ministro  a assinalar: a primeira é a sua falta de educação, pois entre autoridades se desfazem normalmente diferenças ideológicas e políticas em solenidades, principalmente, em que se apresentam figuras representativas do mundo político interno e internacional.    A grosseria não passou desapercebida até pela imprensa estrangeira.

Este humilde blogueiro viu uma outra faceta que vem se evidenciando nas manifestações desse homem despreparado para o cargo que ocupa.   Joaquim Barbosa se envergonha de sua negritude e isto lhe faz assumir atitudes como esta.  Psicologicamente assume, em cada ato público, um falso complexo de superioridade para encobrir o seu real complexo de inferioridade.

 Várias atitudes que tem ele assumido, todas revestidas de agressividade até com seus pares, confirmam o seu grave complexo com a negritude que não pode esconder e contra a qual ele sabe  existente discriminação predominante no país.     Freud explica! O complexo se manifesta por seu contrário.

As atitudes do Ministro o têm  afastado gradativamente da mídia que o endeusou no julgamento da Ação Penal 470 e, talvez ainda não o tenha marginalizado de todo, porque  há recursos a serem julgados.    A sua hora, no entanto, chegará quando - como aliás já vem fazendo -  ele continue a não prestar-se aos objetivos permanentes dos órgãos da imprensa conservadora.   De maneira, ainda tênue, já se deixam ver observações contrárias a ele como a provocada por sua má educação no episódio em tela. Isto não significa que não continuará sendo usado para outras serventias.

É deveras decepcionante para os negros e para aqueles combatem a sua discriminação social os atos do Joaquim Barbosa.  Não haveria  pretensão de se ver no STF um defensor declarado da raça que sofreu a escravidão e ainda é marginalizada no país.  Mas, nada o impediria de dignificá-la com seu exemplo; de traduzi-la em atitudes consentâneas com a cor.  O negros têm sido importantes na formação do nosso povo, entre outros motivos, pela invulgar capacidade de amar, de ser  alegre, de construir e formar, para o mundo, essa imagem de POVO NOVO como viu o sociólogo Darcy Ribeiro. Eles são mais de 40% do nosso povo.
Nenhum negro minimamente informado enxerga JB como um representante de sua raça no STF.    Ele parece que não entendeu o óbvio, ou  seja, que o Presidente Lula o indicou, para colocar pela primeira vez, um negro no Supremo Tribunal Federal.  Infelizmente o Ministro se comporta como um não negro.  Note-se que nas suas seguidas - e às vezes intempestivas -  intervenções midiáticas, jamais mencionou um dos mais prementes problemas do país que é a adoção de medidas para promover a  integração  plena da população negra na sociedade brasileira.
Provavelmente o Ministro negro continuará a provocar constrangimentos por seu exibido falso complexo de superioridade e, por que não dizê-lo?, por sua má educação.
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VHCarmo.


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