Houve um inegável mal estar e, então, causou perplexidade a
atitude de Joaquim Barbosa ao desviar-se da Presidente Dilma, sem sequer
encará-la, na solenidade de cumprimentos ao papa pelas autoridades que lhe
foram apresentados por ela. Todos os
outros a cumprimentaram; ele a deixou de mãos estendidas.
O ato revela duas facetas
do Ministro a assinalar: a primeira é a sua
falta de educação, pois entre autoridades se desfazem normalmente diferenças
ideológicas e políticas em solenidades, principalmente, em que se apresentam
figuras representativas do mundo político interno e internacional. A grosseria não passou desapercebida até
pela imprensa estrangeira.
Este humilde blogueiro
viu uma outra faceta que vem se evidenciando nas manifestações desse homem
despreparado para o cargo que ocupa.
Joaquim Barbosa se envergonha de sua negritude e isto lhe faz assumir atitudes
como esta. Psicologicamente assume, em
cada ato público, um falso complexo de superioridade para encobrir o seu real
complexo de inferioridade.
Várias atitudes que tem ele assumido, todas
revestidas de agressividade até com seus pares, confirmam o seu grave complexo
com a negritude que não pode esconder e contra a qual ele sabe existente discriminação predominante no
país. Freud explica! O complexo se manifesta por seu contrário.
As atitudes do Ministro
o têm afastado gradativamente da mídia
que o endeusou no julgamento da Ação Penal 470 e, talvez ainda não o tenha
marginalizado de todo, porque há
recursos a serem julgados. A sua hora,
no entanto, chegará quando - como aliás já vem fazendo - ele continue a não prestar-se aos objetivos
permanentes dos órgãos da imprensa conservadora. De maneira, ainda tênue, já se deixam ver
observações contrárias a ele como a provocada por sua má educação no episódio
em tela. Isto não significa que não continuará sendo usado para outras serventias.
É deveras decepcionante
para os negros e para aqueles combatem a sua discriminação social os atos do
Joaquim Barbosa. Não haveria pretensão de se ver no
STF um defensor declarado da raça que sofreu a escravidão e ainda é
marginalizada no país. Mas, nada o impediria
de dignificá-la com seu exemplo; de traduzi-la em atitudes consentâneas com a
cor. O negros têm sido importantes na
formação do nosso povo, entre outros motivos, pela invulgar capacidade de amar,
de ser alegre, de construir e formar,
para o mundo, essa imagem de POVO NOVO como viu o sociólogo Darcy Ribeiro. Eles são
mais de 40% do nosso povo.
Nenhum negro minimamente
informado enxerga JB como um representante de sua raça no STF. Ele parece que não entendeu o óbvio,
ou seja, que o Presidente Lula o indicou,
para colocar pela primeira vez, um negro no Supremo Tribunal Federal. Infelizmente o Ministro se comporta como um não
negro. Note-se que nas suas seguidas - e às vezes intempestivas - intervenções midiáticas, jamais mencionou um dos mais prementes problemas do país que é a adoção de medidas para promover a integração plena da população negra na
sociedade brasileira.
Provavelmente o
Ministro negro continuará a provocar constrangimentos por seu exibido falso
complexo de superioridade e, por que não dizê-lo?, por sua má educação.
__________________________________________________
VHCarmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário