terça-feira, 2 de julho de 2013

BREVE REFLEXÃO SOBRE AS PASSEATAS E A MÍDIA...



As Manifestações, Protestos e Passeatas como estão sendo chamados os movimentos populares que se iniciaram há cerca de 20 dias em todo o país, levou a nossa Mídia Conservadora a um dilema que ela interpreta de uma forma oscilante.

Normalmente seria de os jornalões e revistas tentarem direcionar o movimento popular com incentivo a mensagens que serviriam aos objetivos da direita do espectro político e dos partidos da oposição.  Na costumeira forma dirigi-las ao enfraquecimento do governo cuja prioridade tem sido, à esquerda, dirigida para as camadas mais pobres da população.

As passeatas assumiram desde o início um leque muito amplo de reivindicações e apelos o que dificultou o costumeiro direcionamento midiático. Um outro fator que também contribuiu para a indefinição de seu discurso foi a presença nas manifestações dos setores fascistas (da extrema direita) e da bandidagem que se associaram.

O seu posicionamento  oscilante levou a Mídia Conservadora a tentar uma saída, mediante discurso repetitivo nos meios de comunicação, principalmente na TV, para separar os atos violentos, predatórios e os saques como se fossem algo à parte das manifestações estas que proclama, a  todo o momento, terem caráter pacífico.

Que a maioria dos participantes agem legítima e pacificamente não há a menor dúvida, mas isto, por si só, não descola do movimento a parte que comete as violações.   Os violentos, os predadores e os saqueadores integram o movimento, sem o qual eles não viriam às ruas.    Que maculam o sentimento e os apelos da maioria: não há dúvida.
 De se indagar, no entanto, se em nome da maioria deveria o poder repressivo do Estado tolerar a violência? A mídia fica no meio do caminho: oscila.

Há um discurso midiático de alguma aceitação, mas discutível, qual seja de que a Polícia não deva usar a violência legal contra os grupos marginais, na mesma contundência com que estes grupos tentam contra os bens públicos, os privados e à vida dos agentes policiais e inocentes.    Tal discurso, é intuitivo, foi adotado pelos grupos conservadores como se às duas partes das manifestações (a pacífica e a violenta) deveriam ter o mesmo tratamento. Voltam-se contra a segurança.

Na oportunidade em que o Governo Federal, os Estados e as Prefeituras, sob o comando do primeiro, encampam as pletoras populares levando-as ao Congresso e tomando medidas urgentes para atendê-las, a imprensa conservadora apoiando um estranho discurso das oposições, ou induzindo-o, se coloca contra a iniciativa e tenta influenciar  negativamente.  Oscila.

O discurso do principal candidato da oposição, Aécio Neves – PSDB é de uma irracionalidade de pasmar quando ele afirmou perante as câmeras da TV que as medidas tomadas, inclusive a discussão da reforma política, devem ser rejeitadas, pois visam a perpetuar o governo petista.

Indaga-se ao candidato o que fazer com as reivindicações populares?  Enganar o povo?

Por que a oposição não atendeu o apelo ao diálogo?   A imprensa não analisou a recusa.  Continua oscilando.

Finalmente é necessário que neste momento tão importante da nossa vida democrática não se tente separar o que é pacífico e necessário nas passeatas do que elas trazem como contingentes marginais de violência da direita fascista, dos predadores e dos saqueadores.  Tentar tolerar estes grupos marginais atenta contra a sociedade e contra aqueles que legitimamente vão às ruas e devem ser protegidos.  A mídia não opina sobre isto.

A história registra onda fascista/hitlerista, apoiada pelo lupem proletariado e nos marginais, que levou o mundo à 2ª. Guerra Mundial.
VHCarmo.



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