As
Manifestações, Protestos e Passeatas como estão sendo chamados os movimentos
populares que se iniciaram há cerca de 20 dias em todo o país, levou a nossa
Mídia Conservadora a um dilema que ela interpreta de uma forma
oscilante.
Normalmente
seria de os jornalões e revistas tentarem direcionar o movimento popular com
incentivo a mensagens que serviriam aos objetivos da direita do espectro
político e dos partidos da oposição. Na
costumeira forma dirigi-las ao enfraquecimento do governo cuja prioridade tem
sido, à esquerda, dirigida para as camadas mais pobres da população.
As
passeatas assumiram desde o início um leque muito amplo de reivindicações e
apelos o que dificultou o costumeiro direcionamento midiático. Um outro fator
que também contribuiu para a indefinição de seu discurso foi a presença nas
manifestações dos setores fascistas (da extrema direita) e da bandidagem que se
associaram.
O
seu posicionamento oscilante levou a Mídia Conservadora a tentar uma saída,
mediante discurso repetitivo nos meios de comunicação, principalmente na TV,
para separar os atos violentos, predatórios e os saques como se fossem algo à
parte das manifestações estas que proclama, a
todo o momento, terem caráter pacífico.
Que
a maioria dos participantes agem legítima e pacificamente não há a menor dúvida,
mas isto, por si só, não descola do movimento a parte que comete as
violações. Os violentos, os predadores
e os saqueadores integram o movimento, sem o qual eles não viriam às ruas. Que maculam o sentimento e os apelos da
maioria: não há dúvida.
De se indagar, no entanto, se em nome da
maioria deveria o poder repressivo do Estado tolerar a violência? A mídia fica
no meio do caminho: oscila.
Há
um discurso midiático de alguma aceitação, mas discutível, qual seja de que a
Polícia não deva usar a violência legal contra os grupos marginais, na mesma
contundência com que estes grupos tentam contra os bens públicos, os privados e à vida dos agentes policiais e inocentes.
Tal discurso, é intuitivo, foi adotado pelos grupos conservadores como
se às duas partes das manifestações (a pacífica e a violenta) deveriam ter o
mesmo tratamento. Voltam-se contra a segurança.
Na
oportunidade em que o Governo Federal, os Estados e as Prefeituras, sob o
comando do primeiro, encampam as pletoras populares levando-as ao Congresso e
tomando medidas urgentes para atendê-las, a imprensa conservadora apoiando um
estranho discurso das oposições, ou induzindo-o, se coloca contra a iniciativa e
tenta influenciar negativamente. Oscila.
O
discurso do principal candidato da oposição, Aécio Neves – PSDB é de uma
irracionalidade de pasmar quando ele afirmou perante as câmeras da TV que as
medidas tomadas, inclusive a discussão da reforma política, devem ser
rejeitadas, pois visam a perpetuar o governo petista.
Indaga-se
ao candidato o que fazer com as reivindicações populares? Enganar o povo?
Por
que a oposição não atendeu o apelo ao diálogo?
A imprensa não analisou a recusa.
Continua oscilando.
Finalmente
é necessário que neste momento tão importante da nossa vida democrática não se
tente separar o que é pacífico e necessário nas passeatas do que elas trazem
como contingentes marginais de violência da direita fascista, dos predadores e
dos saqueadores. Tentar tolerar estes
grupos marginais atenta contra a sociedade e contra aqueles que legitimamente
vão às ruas e devem ser protegidos. A
mídia não opina sobre isto.
A história registra onda fascista/hitlerista, apoiada
pelo lupem proletariado e nos marginais, que levou o mundo à 2ª. Guerra Mundial.
VHCarmo.
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