terça-feira, 4 de outubro de 2016

Refleção necessária.....

 Reflexão necessária.

Verifica-se, de modo claro, nessas eleições municipais o recuo das forças políticas e dos movimentos organizados da sociedade, vítimas de ataques sistemáticos promovidos pela direita fascista em conluio com a mídia monopolista.
Por outro lado, a fragmentação da representação política com a multiplicação de pequenos partidos populistas sem base ideológica, facilita  a emergência de fações de  seitas  religiosas , via de regra racistas, machistas e reacionárias, guiadas por líderes conservadores imunes à crítica da mídia conservadora.
Instalado o governo ilegítimo por obra de um golpe que vulnerou a Democracia e o Estado de Direito foi aberto o caminho para seguidas transgressões da institucionalidade e da legalidade, resultando uma licença para as transgressões em nome de uma  justiça fora e acima da lei, imposta por uma facção e seus partidos. 
A representação política dos partidos de esquerda ligados aos movimentos sociais, às lideranças sindicais e a sociedade organizada são alvo da incansável disseminação do ódio, promovida pela mídia e da discriminação seletiva do aparelho policial, do Ministério Público e da Justiça que se especializa por tentar destruir seus líderes.
Neste quadro se pode fazer uma ideia do significado da eleição municipal.  O Município revelou de modo expressivo a situação exposta.  Nas grandes cidades a disseminação do ódio ao PT, o principal partido ligado à classe operária, seus sindicados e, em geral, aos movimentos sociais, veio a promover a eleição de representantes de partidos sem tradição ideológica (resultantes da fragmentação) e o afastamento de políticos ligados à esquerda e às reivindicações e conquistas populares.   Em São Paulo afasta-se Haddad em proveito de um milionário sem qualquer vivência política e ligado ao neoliberalismo e a direita. No Rio surge um bispo de uma das seitas religiosas, que se revela um traidor ao apoiar o golpe contra um governo do qual participou.
Convém notar que sobrevive em alguns municípios o PSOL que, mesmo sendo um partido que orbita na esquerda política, representa uma parte da classe media e do funcionalismo público, não tendo nenhuma conexão com os movimentos operários, de trabalhadores em geral e da sociedade organizada.  Contra ele as baterias do ódio da mídia se calam.  O apoio do PSOL às questões correntes que se apresentam na luta política, principalmente na arena do legislativo, se aproximam muito da posição dos partidos conservadores.
Em face do que se viu nesse primeiro turno, as esquerdas autênticas, à semelhança do que ocorre hoje nos países centrais estão sendo alijadas das lutas políticas com o ressurgimento do fascismo, principalmente nos países mediterrâneos , na França e na Alemanha, que se permitem operar fora da lei contra as populações pobres e os imigrantes.
No nosso país instalou-se, igualmente, o império da ilegalidade aplicável seletivamente contra as representações políticas populares em favor de um neoliberalismo entreguista que avança no processo de destruição das conquistas do nosso povo.
O nosso posicionamento no segundo-turno das eleições, onde houver, deve nos levar a um  detido exame político que envolve a todos e cada um daqueles que a gente deve escolher com vista a preservação da sua posição ideológica e a defesa dos nossos valores.

VHCarmo- 03.10.2016.

Ver a seguir abaixo complemento desta reflexão.

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