terça-feira, 4 de outubro de 2016

Reflexão necessária complemento....

Reflexão necessária (complementar).
Vindo a público  números mais amplos e, por ouro lado, mais detalhados da eleição, sugere um aspecto não abordado na reflexão anterior e de vital importância.  
A ocorrência inédita, em seus números, da incidência do “não voto” ou “voto não”, torna claro que o ataque à esquerda e particularmente ao Partido dos Trabalhadores se inseriu no ataque geral à política e aos políticos.  Este aspecto torna mais grave e mais sério o problema.
Os votos em branco, nulos e a abstenção foram os maiores da história dos nossos pleitos eleitorais. Nas grandes cidades este contingente assumiu grandes e graves proporções.   Em Belo Horizonte, apenas para exemplificar, tais votos superaram 40% do total. Em São Paulo este número ultrapassa, em votos válidos, os conferidos ao vencedor do pleito.
Na grande metrópole brasileira, cujo eleitorado é maior do que em muitos países, elegeu-se um candidato que fez questão de dizer-se que não é político.  Ainda ontem, um dia após o pleito, entrevistado na TV ressaltou, por mais de uma vez, que não é político e jurou que não disputará uma reeleição.
Isto torna absolutamente claro o fato sumamente grave do qual não só o PT e a esquerda foram as vítimas da mídia e da armação golpista, a democracia também foi atingida no seu precioso conteúdo que é a política, única via de acesso ao poder pela representação estabelecida na Constituição Federal (Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido).
Notório restou saber, no entanto e em face dos números agora conhecidos, que a vitória proclamada pelos partidos à direita têm por base importante a diminuição consistente do eleitorado que votou negativamente pela ausência, pela anulação e pela a abstenção.
Impõe por fim resumir, além da legitimação do governo, a tarefa a se impor não só à esquerda mais a todos os cidadãos de boa-fé é lutar pela reinstalação nas mentes da necessidade inadiável de recompor a representação política através de uma reforma radical, para escoimar essas manobras que vulneram o Estado Democrático de Direito em benefício dos inimigos declarados da nação e do seu povo, aí incluída a mídia golpista. 

VHCarmo. (04.10.2016).

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