O nosso bloguinho não podia, neste dia sete de setembro em que se comemora a independência de nossa maravilhosa pátria, deixar de produzir o pequeno texto abaixo, para ficar aí a marcar o caráter principal deste modesto bloguinho: o amor ao Brasil.
O
Brasil é um grande e exitoso país.
As comemorações do 193º.
Aniversário da Independência, neste sete de setembro, colocam em evidência a
complexidade do momento político que o país atravessa.
Seria de esperar-se –
como seria natural – vir à tona a exaltação da nossa inegável exitosa história,
forjada, como disse Darcy Ribeiro, “aos trancos e barrancos” e nem por isso sendo
menos admirável.
Nossa história como
nação, realmente, se inicia em 1808 com a vinda da Rainha Dona Maria e seu
filho e regente Dão João VI para o Brasil;
a Corte Portuguesa.
Em pouco mais de 200
anos, a nação brasileira registra uma evolução civilizatória rápida e contínua.
Apesar da mancha triste da escravidão e a sua abolição mal engendrada,
se vai desvencilhando da “Casa Grande”
e aumentando a afirmação da “Senzala”, ora transformada em povo que vem ocupando o
seu lugar na história.
A história mundial não
registra outra evolução tão exitosa de
uma nação colonial de simples exploração extrativa e sem fixação de transplante
de populações organizada, como se deu nos EEU, e o irrelevante contributo
racial indígena. Não há paralelo histórico.
A base imigratória
inicial é basicamente de exploração com base geral na mão de obra escrava e a
contínua entrada de fluxos históricos imigratórios, ao influxo das guerras e
insurgências nas nações sub colonizadas,
na África e nos centros europeus,
mas sem grupos homogêneos que não formaram aqui quistos raciais regionais e religiosos. Em pouco tempo tornaram-se brasileiros.
A imigração que se
tornou a base da nossa sociedade resultou, afinal, absorvida pela conjugação
das diversas origens, formando o chamado
“povo novo” de que fala Darcy.
O Brasil desmentiu a
profecia dos colonizadores que proclamavam a impossibilidade do desenvolvimento
e do progresso de um “pais de mestiços” nos trópicos cujo clima induziria à “preguiça”
dos indivíduos.
São pouco mais de 200
anos, como considerado, e já despontamos como uma das dez maiores economias do
mundo capitalista, egressa, desde os anos 30 do século XX de sua base agrícola,
para tornar-se industrial e, por outra parte, modernizando o setor agropecuário,
tornando-se o maior exportador de alimentos para o mundo, provendo seu povo com uma pujante agricultura familiar.
Pois bem, nesses
últimos meses e neste sete de setembro,
lamentavelmente, as correntes conservadoras voltaram a atacar com respaldo midiático, repetindo as incursões
anteriores contra o progresso e contra os
governos populares que chegaram ao comando país.
Alimentam projetos de ruptura da legalidade e
de alteração da disciplina Constitucional; para recuperarem o poder pregam abertamente o golpe e
alimentam o discurso da intervenção militar, embora derrotados numa eleição
limpa realizada apenas há pouco mais de
oito meses.
Nas festividades do dia
da pátria era de se esperar a exaltação dos nossos êxitos como nação, mas o que
proclamam as mídias golpistas é o pessimismo, o ódio, a mentira e a omissão dos êxitos da
nossa história. Omitem a origem das
dificuldades presentes, de natureza transitória, que estamos atravessando, como
se fora gerada pelo governo a derrubar e se tornam o porta-voz de uma oposição
sem discurso e incapaz de acenar com um programa para o país.
O grande inimigo do Brasil é a
mídia que quer promover o retrocesso, e extinguir os programas sociais que
resgataram milhões da fome e da pobreza.
Mas, a festa da
independência é muito mais do povo mestiço, do “povo novo” do Brasil que se vai afirmando do norte ao sul do país,
gritando pela legalidade e pela Democracia e
“Fora a mídia golpista”.
VHCarmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário