Há cerca de 20 anos
este escriba, metido a poeta, versejou um pequena poema sob o título
"Pobres invadem o Shopping".
Sem mais aquela o assunto, agora, virou "rolê" e assumiu novos
contornos. Poesia comporta versos como esses deste blogueiro que não se julga
poeta, mas que, teimosamente, costumava fazer poesia. Mas, vá lá. Que o classifique alguém que
entenda e possa arranjar um nicho onde caiba esse:
"Pobres
invadem Shopping"
Não
canto um canto só
misturo
vozes
vindas
da história.
De
desvãos sem culto,
de
tungados a vida.
Dos
que vieram do fundo da negritude,
emergindo fantasmas de solidão.
Não
canto um só canto,
embaralho
tristezas
que
se prolongam na negação,
fechando
as portas da cidade enclausurada.
Um
só canto,
uma
única poesia
daqueles
que não entram na cidade
do
Shopping.
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VHCarmo. (do livro Memórias "A Vila do
Capivara" -Edit. RTC)
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