sábado, 16 de julho de 2011

Uma reflexão sobre o teto do endividamento americano....


                             Kalr Marx já, no século XIX, ensinava que a desvinculação da moeda do processo produtivo que cria originalmente e concretamente o valor, a levaria àquilo que ele chamou de fetiche monetário. É o que hoje, na crise que vive o centro do capitalismo, se convencionou chamar de “bolha” financeira.
                            O lucro fácil dos especuladores, lastreados pelos títulos extraídos de hipotecas infladas, lançadas e lastreadas por valores irreais e créditos sem as devidas cautelas, percorreu caminhos tortuosos de negociação interbancária  se distanciando de suas origens. Os órgãos fiscalizadores das operações ou foram ignorados ou, também, entraram na negociata fácil. A inadimplência em massa, esvaziou o valor dos títulos e os créditos se esfumaçaram, instalando a maior crise, até aqui, do sistema financeiro mundial desregulado, por contaminação, principalmente nos paises da UE  cujos bancos  acolheram as bolhas.
                           Wall Street, de onde se alimentou a onda, espalhada mundialmente pelos bancos, tratou de se livrar dos ônus pesados dos títulos, mediante cobertura do Tesouro, ou seja, socializando as perdas e preservando ganhos especulativos e de seus executivos.
                        A crise, porém, atingiu o cerne do sistema e o EEUU, a maior potência econômica, passou a enfrentar uma colossal dívida que deverá ultrapassar os limites autorizados pelo poder legislativo, para o seu teto, atualmente em 14,3 trilhões de dólares. O governo pretende a elastecer pelos menos em 2,5 trilhões.
                           Trava-se uma negociação arrastada entre Obama e o Congresso para permitir a elevação do teto do endividamento que, como sempre, os partidos recusam com o prertendido recurso de aumentar com impostos sobre os mais ricos.
                         Cedendo aos partidos, o Presidente Obma, ao que acena, lançará programas visando a subtrair recursos da área social, agravando ainda mais a penúria dos mais pobres que alcança cerca de 40% da população. A alternativa inimaginável, até aqui, seria o calote da dívida, algo inédito na maior economia do planeta com as óbvias repercussões mundiais.
                          A China, quem diria, pressiona os EEUU, com veladas ameaças e o drama americano deve se resolver, ou não, nos próximos dias. De lembrar que o país asiático é o principal alimentador do consumismo yanque e tem créditos enormes com aquele país.
                       A economia americana tem se baseado na doutrina de expansão geopolítica de seu sistema “democrático”, até aqui com a tentativa de imposição pela força bélica. As últimas guerras imperiais, implicaram em derrotas militares e graves prejuízos ao seu sistema cujos investimentos em armamentos se constitui num peso financeiro incalculável . Tudo, até aqui,  sem efeito prático.
                       Há hoje, inclusive nos meios militares europeus, uma convicção que está esgotada historicamente a via armada para a expansão ideológica do sistema ocidental. Os paises que os ajudaram e os próprios americanos, já cuidam de retirar os seus soldados dos paises invadidos, encarando mais derrotas.
                    Demais, a economia dos paises emergentes e do BRIC, particularmente, encabeçados pela China cujo regime não é tido como “democrático”, lideram o desenvolvimento social e o crescimento econômico no mundo, passando a ocupar um lugar de destaque nos órgãos financeiros e de política internacional.
                    Como fica o nosso país nesse contexto?      As bases do nosso crescimento econômico, com fortes investimentos na infraestrutura e  remoção da pobreza, juntamente, com as vantagens comparativas da fronteira agrícola, das fontes energéticas limpas, água  e matérias primas, apontam para um futuro próximo de potência mundial.
                    Não é um caminho fácil, posto que a mentalidade de uma certa camada do povo – principalmente da nossa elite e classe média alta – apresenta um forte componente colonialista. Vale dizer : adotam comportamentos e ações alienados e pretendem um caminho de subserviência ao falido sistema econômico e financeiro, desse mesmo ocidente em crise. Essas camadas que, atualmente, não encontram um veículo partidário para se afirmar, têm na mídia golpista a sua principal força que tenta obstruir o caminho do crescimento e do avanço social.
                         É nesse campo que se vai desenrolar a luta pelo progresso e desenvolvimento do nosso país e vai requerer cada vez mais a participação do povo na sua construção.
VHCarmo.



































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2 comentários:

  1. Na minha santa ignorância, só sei que a história não para... os poderosos caem outros aparecem. O sistema do orgulho e prepotência vai mostrando ao mundo a necessidade da igualdade. Utopia? A história está aí.
    "Tudo passa... até a "uva passa".

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  2. A conta é muito simples eles estão gastando o q nao tem estao fazendo guerra com o patrocinio de paises do mundo inteiro inclusive o brasil, eles vendem um monte de papel chamandos titulos do tesouro a juros quase nulos e os tolos compram jungando-os seguros . Agora eu quero ver o q a China vai fazer com seus mais de um tri em reservas em dolar se os EUA decretar caloste. So vas servir pra limpar a bunda !

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